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ANA PAULA ALBERTO CALDEIRA

: Portuguesa,http://www.caminhosquefalamportugues.blogspot.pt/ Mulher, nascida no Feijó, concelho de Almada, http://www.umateladearco-irismargemsultejo.blogspot.pt/ Península de Setúbal, Portugal. Residir no Alentejo, Portugal Membro da Cruz Vermelha Portuguesa, sócia e socorrista(tripulante de ambulâncias e formação base), https://pensamentos-quemsomos.blogspot.com Pintora, http://umateladearco-irislilas.blogspot.com/ escritora, https://pensamentosvermelhoii.blogspot.com/ bloguer e fotografa. Autora, de mais de 150 blogues, publicados na Google. Do qual consta, as minhas historias 90, os meus desenhos 189, as minhas fotos 8992, os meus vídeos 230 Inclui também, algumas fotos do meu pai 98 fotos, quando este esteve em Goa, Índia, Em 1959/1960, em serviço militar. http://indiaportuguesaanos60.blogspot.com/ Alem das minhas publicações, nas redes sociais, Facebook, e Youtube, E os blogues Do que se fala, e Quiosque. mais cruz vermelha do qual sou membro, também tenho lugar, para publicações de outros.

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OS TRÊS EM 1987, NUMA PREGRINAÇÃO MILITAR INTERNACIONAL, NO SANTUARIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES, FRANÇA.

OS TRÊS EM 1987, NUMA PREGRINAÇÃO MILITAR INTERNACIONAL, NO SANTUARIO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES, FRANÇA.

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Estrada 18, and village Alpalhão (nisa), north alentejo, Portugal 2MAR18

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video

IMAGENS, alpalhão

IMAGENS, alpalhão

traseiras do edificio do mercado em alpalhão, (set 08)

IMAGENS, as pedras que acendem

IMAGENS, as pedras que acendem

forum almada, e as pedras que acedem, quando escurece o dia(dez 08)

IMAGENS 2

IMAGENS 2

santiago de compostela,pessoas em fila para verem o apostolo são tiago (out 04)

IMAGENS, rotunda em cacilhas

IMAGENS, rotunda em cacilhas

rotunda em cacilhas com iluminação de natal, dez 08-margem sul do tejo

IMAGENS, laranja pq

IMAGENS, laranja pq

jun 08, laranja pq no chão

IMAGENS, eu

IMAGENS, eu

jul 08, eu, na casa do feijo, a minha terra.

IMAGENS, sta eulalia-elvas

IMAGENS, sta eulalia-elvas

jun 08, vila de sta eulalia a caminho para elvas

IMAGENS, fronteira

IMAGENS, fronteira

jun 08, zona fronteiriça(valencia de alcantra-espanha)

IMAGENS, ponte 25 de abril iluminada, CLICK NA FOTO veja o album Mescla no picasa.

IMAGENS, ponte 25 de abril iluminada, CLICK NA FOTO veja o album Mescla no picasa.

foto tirada do cais fluvial de embarque/desembarque dos navios da transtejo em cacilhas(margem sul do tejo), ao fundo ponte 25 de abril, iluminada, do lado direito zona ribeirinha de lisboa, dez08

IMAGENS, eu

IMAGENS, eu

eu, no forum almada(nov 08)

IMAGENS, feijo

IMAGENS, feijo

da cova da piedade-almada, virada para o feijó, ao fundo (jul08)

IMAGENS, 2ªponte do feijó

IMAGENS, 2ªponte do feijó

uma, das duas pontes, de feijó (esta fica entre, o feijó e o lazarim, jul 08)

IMAGENS, metro de superficie

IMAGENS, metro de superficie

metro de superficie no larangeiro-almada, margem sul do tejo(nov 2008)

IMAGENS, larangeiro

IMAGENS, larangeiro

margem sul do tejo, larangeiro, metro de superficie, ao fundo o cristo rei, pragal (nov 08)

IMAGENS, feijó

IMAGENS, feijó

arvore numa zona do feijó(nov 08)

IMAGENS, paisagem

IMAGENS, paisagem

foto tirada da auto-estrada do sul, zona entre palmela e vendas novas, arvores e céu(out 08)

IMAGENS, rotunda

IMAGENS, rotunda

rotunda, perto de arronches(jun 08)

IMAGENS, a caminho de merida

IMAGENS, a caminho de merida

a caminho de mérida-espanha(2000)

IMAGENS, C C V G

IMAGENS, C C V G

centro comercial vasco da gama lisboa(mai 07)

IMAGENS, porta de janela

IMAGENS, porta de janela

porta com janela(mai 08)

IMAGENS, vila

IMAGENS, vila

a amoreira sem folhas (alpalhão mar 08)

IMAGENS, sobreiro

IMAGENS, sobreiro

sobreiro, mai 08-alpalhão

IMAGENS, chuva

IMAGENS, chuva

tarde chuvosa na estrada, a caminho de alpalhão (mai 08)

IMAGEM, fonte

IMAGEM, fonte

fonte no largo de sto antonio, coberta de flores, tradição de alpalhão, nos primeiros dias de maio (mai 08)

IMAGENS, porta

IMAGENS, porta

janela de porta(mai 08)

IMAGENS, ferro

IMAGENS, ferro

portalegre, mai 08

IMAGENS, tanque com agua

IMAGENS, tanque com agua

tanque com agua(mai 08)

IMAGENS, janela

IMAGENS, janela

da minha janela, a olhar o ceu(mai 08, alpalhão)

IMAGENS, o cascol

IMAGENS, o cascol

o meu cascol, da selecção portuguesa de futeball(jun08)

IMAGENS, 1

IMAGENS, 1

separador, entre a estação de comboios da fertagus e a auto-estrada do sul(jul 08)

IMAGENS, museu

IMAGENS, museu

interior de museu em sintra, decada de 90

IMAGENS, ceramica

IMAGENS, ceramica

panela de barro(out 08, foto tirada num hipemercado)

IMAGENS, batente

IMAGENS, batente

batente casa do feijo (set 08)

IMAGENS, comboio em corroios

IMAGENS, comboio em corroios

comboio da fertagus, na estação de corroios (margem sul do tejo, 2007)

IMAGENS, a minha sombra

IMAGENS, a minha sombra

a minha sombra e do chapeu de sol, na areia da praia da rainha, costa da caparica(jul 08)

IMAGENS, auto-estrada do sul

IMAGENS, auto-estrada do sul

faixa de rodagem da auto-estrada do sul, set 08

IMAGENS, lisboa

IMAGENS, lisboa

lisboa, vista da ponte 25 de abril, no comboio da ponte "fertagus" (jul 08)

IMAGENS, margem sul do tejo

IMAGENS, margem sul do tejo

estação de comboios da fertagus, no pragal-almada-m s t(jul 08)

IMAGENS, castelo de silves

IMAGENS, castelo de silves

estatua em bronze, no castelo de silves (fev de 1992)

IMAGENS, estação do pragal

IMAGENS, estação do pragal

estação de comboios da fertagus no pragal-almada(o comboio que passa na ponte 25 de abril) (jul08)

IMAGENS, 2ª PONTE DO FEIJÓ

IMAGENS, 2ª PONTE DO FEIJÓ

uma, das duas, pontes do feijó,(entre o feijó e o alto do indio, jul 08)

IMAGENS , bananeiras

IMAGENS , bananeiras

cacho de bananas, quintal casa do feijó, jul 08

IMAGENS, painel do castelo de cortegana

IMAGENS, painel do castelo de cortegana

espanha, painel do castelo de cortegana(2007)

IMAGENS, fonte II

IMAGENS, fonte II

fonte do adro, coberta de flores, tradição em alpalhão nos primeiros dias de maio (mai 08)

IMAGENS, candeeiro

IMAGENS, candeeiro

candeeiro, perto da zona industrial em portalegre, (abr 08)

IMAGENS (mãe)

IMAGENS (mãe)

mãe vestida com um, dos trajes tradicionais de alpalhão(alto alentejo)

IMAGENS (rossio)

IMAGENS (rossio)

rossio, lisboa (mai de 07)

IMAGENS (petalas)

IMAGENS (petalas)

petalas de rosa (minha casa)jan 08

IMAGENS, cadeado

IMAGENS, cadeado

cadeado

IMAGENS, a arvore

IMAGENS, a arvore

a arvore sem folhas (mar 08, alpalhão)

IMAGENS - o rochedo

IMAGENS - o rochedo

postal, do sul de espanha, gibraltar ao fundo

IMAGENS(campo maior)

IMAGENS(campo maior)

eu, em campo maior, nas festas das flores, em (2000)

IMAGENS (concha)

IMAGENS (concha)

concha do mar, da rainha, jul 07

IMAGENS (sevilha)

IMAGENS (sevilha)

eu, em sevilha, ao meu lado a bandeira espanhola e ao fundo a catedral de sevilha (out 1988)

IMAGENS (prato)

IMAGENS (prato)

recordações das viagens a ceuta( 1987 e 1988)

IMAGENS(carnaval)

IMAGENS(carnaval)

carnaval em almada (fev 2007)

IMAGENS (bules de cha)

IMAGENS (bules de cha)

recordações de ceuta, bules de chá marroquinos, (1987, 1988)

IMAGENS (frança)

IMAGENS (frança)

recinto do santuario de lurdes, militar portugues, ao meio. Peregrinação militar internacional (mai 1987)

IMAGENS (frança)

IMAGENS (frança)

frança, peregrinação militar internacional, a senhora da foto é portuguesa (jun 87)

IMAGENS (carnaval)

IMAGENS (carnaval)

carnaval em almada, fev 2007

IMAGENS (alpalhão)

IMAGENS (alpalhão)

vista parcial de alpalhão

IMAGENS (espanha)

IMAGENS (espanha)

recolha de bivalves, no Grove em Pontevedra-espanha(mãe na foto lado direito) out 2004

IMAGENS (peixes)

IMAGENS (peixes)

centro comercial vasco da gama, aquario de peixes, (mai 07)

IMAGENS (lisboa)

IMAGENS (lisboa)

parque de nações lisboa (mai 07)

IMAGENS (rainha)

IMAGENS (rainha)

praia da rainha, julh 06

IMAGENS (concha)

IMAGENS (concha)

concha da praia da rainha (jul 06)

IMAGENS

IMAGENS

entre castelo de vide e alpalhão(fev 08)

IMAGENS (mijas)

IMAGENS (mijas)

mijas, aldeia serrana perto de torremolinos, em out 1988

SABUGEIRO

SABUGEIRO

povoação do sabugueiro perto da cidade da guarda, (dez 2005)

PRAIA DA RAINHA

PRAIA DA RAINHA

bandeira amarela na praia da rainha, (jul 06)

IMAGENS-postal

IMAGENS-postal

postal do mougadouro, praça principal (decada de 80)

IMAGENS-sol

IMAGENS-sol

quintal-casa de alpalhão

IMAGENS, argola parede

IMAGENS, argola parede

argola de ferro na parede (alpalhão)

IMAGENS 1

IMAGENS 1

miniatura de boné da marinha francesa (troca de insignias em frança)

IMAGENS, telheiro

IMAGENS, telheiro

telheiro com telhas antigas, guarnecidas com cimento

IMAGENS-tigela

IMAGENS-tigela

tigela tipica, do norte alentejano

IMAGENS, a foto

IMAGENS, a foto

foto do pessoal todo, que esteve com o meu pai na india, goa (decada de 60)

IMAGENS-panela

IMAGENS-panela

panela de barro tipica, do norte alentejano

IMAGENS, recordações

IMAGENS, recordações

recordações do amigo italiano (pregrinação internacional militar a lurdes,frança)

IMAGENS -voo de regresso

IMAGENS -voo de regresso

foto tirada na decada de 60, avião indiano, que trouxe o meu pai e os restantes militares de goa para lisboa, (o meu pai é o 1º do lado direito)

IMAGENS-pmi

IMAGENS-pmi

o meu crachá, da pregrinação militar internacional (PMI) a lurdes, frança

IMAGENS-condecoração

IMAGENS-condecoração

a minha condecoração no instituto de odivelas

IMAGENS, petala

IMAGENS, petala

petala de orquidea, casa de alpalhão

IMAGENS, semaforo

IMAGENS, semaforo

semaforo, perto da estação ferroviaria, de portalegre

IMAGENS, jarro

IMAGENS, jarro

flor jarro (2008)

IMAGENS

IMAGENS

eu

IMAGENS 2

IMAGENS 2

miniatura de bone da marinha francesa (troca de insignias em frança)

IMAGENS, ccvg

IMAGENS, ccvg

centro comercial vasco da gama, Mai de 2007

IMAGENS, carnaval

IMAGENS, carnaval

desfile de carnaval em almada f(ev 07)

IMAGENS

IMAGENS

eucalipto (portalegre, fev 08)

IMAGENS, alpalhão

IMAGENS, alpalhão

vista parcial de alpalhão, estrada nacional nº18 (abr 08)

IMAGENS- estatua

IMAGENS- estatua

estatua de D.afonso henriques, em guimaraes, (2004)

IMAGENS, arvore em flor

IMAGENS, arvore em flor

arvore em flor, abr 08 (perto de castelo de vide)

IMAGENS, ceramica

IMAGENS, ceramica

ceramica, de nisa, norte alentejano,portugal

IMAGENS, sta eulalia

IMAGENS, sta eulalia

vista parcial, da praça de touros de sta eulalia-elvas(jun08)

IMAGENS, carro vassoura, da volta a portugal em bicicleta

IMAGENS, carro vassoura, da volta a portugal em bicicleta

carro vassoura, da volta a portugal em bicicleta, á passagem por alpalhão, na etapa, "vila viçosa/castelo branco"-15ago08(CLICK NA IMAGEM, tem videos desta corrida)

"A SEGUNDA, VIAGEM A CEUTA"

estavamos no ano de 1989, mais precisamente, em fins de setembro, uns amigos convidam-me, para voltar a ceuta, hesitei, em virtude de no ano antes, já lá ter estado.
os amigos insistiram, eu conhecia a cidade, as melhores lojas, e falava bem o espanhol, era importante eu ir, para dar uma ajudinha, aos responsaveis do passeio.
acertei, detalhes com um familiar, recapitulei, os passeios em ceuta, pensei em todas as lojas, pratiquei o espanhol, e só ja via o rochedo, atravessar, o estreito de gibraltar.
lembrei os meus amigos, das chatices, das fronteiras, principalmente, da portuguesa.
mas mesmo assim, fomos.
naquela madrugada, embarcamos num autocarro, eram 4.00 da manhã, lembro-me de ter saido de casa, ás 3.30 da manhã, e fomos, pelas ruas da margem sul, uns vinte minutos, a pé, e foram-se juntando a nós, mais algumas pessoas, assim fomos todos, até ao autocarro.
la dentro ja se encontravam, praticamente todos, quando chegamos.
ao todo eram tres autocarros, fizemos a viagem até sevilha tranquilos, a maior parte das pessoas, pensava que ceuta, era logo ali, a seguir, de badajoz.
mas não, a seguir a badajoz, começavam, as longas auto-estradas.
em sevilha paramos num jardim lindissimo, famoso pelas suas "palomas blancas" que de verdade, são muito bonitas, tenha imensa pena, de não ter levado maquina de fotografias, mas foi melhor assim, porque se calhar, tambem não a trazia, alias, nenhum de nos, levou maquina.
bem ficamos por ali a merendar, todos levamos comer, não havia tempo para almoços, em restaurantes.
depois dali, rumamos mais para baixo, apercebi-me que o motorista se enganara na estrada, ainda olhei para um amigo meu, e fiz-lhe sinal, mas ele ignorou.
começo a ver serras, achei estranho, porque no ano passado, não passara por ali, voltei a olhar para o meu amigo, e fiz-lhe sinal, ele encolheu os ombros.
continuamos, algumas pessoas, ja indispostas com as curvas, paramos, ali na serras, para beber um cafe.
falei, com o meu amigo, a proposito daquele desvio, o motorista enganar-se, confirma-me ele.
o motorista meio aflito, fala comigo, e com o meu amigo, com alguma preocupação.
falamos do assunto, eu estava certa, ele enganara-se, e o dono do cafe, dera-me razão, o outro caminho, era melhor, e mais rapido, o caminho por ali, era perigoso, e avisou-nos, para não deixar-mos, chegar a noite, por aquelas bandas.
continuamos viagem, até cadiz, e dali, era um salto, até algeciras.
chegamos a algeciras, eram 21.00 horas, a dona da pensão, estava á nossa espera, á mais de duas horas, o motorista, não conseguia chegar lá, a pensão era mesmo, no interior de algeciras.
a senhora era marroquina, mas espanhola, por casamento.
ja dentro da pensão, cada um, tinha o seu espaço, compartilhado com mais duas, ou tres pessoas, ou seja, um quarto, para dois ou tres, como foi, o nosso caso.
o jantar, comemos sandes, naquela noite saimos, para dar um passeio, mas com, algumas recomendações, da senhora marrouquina, e do marido.
e, la fomos, em grupo, a noite estava agradavel, e havia muita gente a passear, muitos marroquinos e alguns arabes, com seus trajes tipicos, cumprimos as recomendações da senhora marroquina.
demos uma volta pela zona, e regressamos, á pensão, ali perto um amontoado de sapatos perto de uma porta, e vozes vindas lá de dentro, olhamos uns para os outros, e todos pensamos o mesmo, uma mesquita.
mais tarde na pensão, confirmamos, isso mesmo, com a dona da pensão.
na manhã seguinte, lá fomos, de autocarro, a caminho do cais,
dali seguiriamos, para a cidade de ceuta.
tinhamos mudado de visual, roupas largas, e lenços na cabeça, deixamos, por instantes de parecer mulheres europeias, para parecer, mulheres islamicas, seguimos á risca as recomendações.
cruzamo-nos com homens e mulheres, de trajes tipicos de marroquos, e argelia, mas, dos que eu, mais gostei ,foi dos trajes, dos homens arabes, lindo, visto de perto, ali ao vivo.
formamos grupos, e fomos, andando por ceuta, entrando em algumas lojas, algumas ja cheias de gente, a ver os blusões de cabedal, os lençois de cetim, relogios, era necesário conhecer bem as lojas, e isso eu ja sabia, porque tinha lá estado, no ano anterior.
alguns marroquinos, ali pelas ruas, vendendo bules de chá, e sacos de pele de camelo, chinelos e malas, regateando preços, fizemos negocio, depois de discutirmos.
depois das compras, vinha-mos todos, muito carregados, sacos e sacos, cheios de coisas.
todos pensamos na mesma coisa, quando nos encontramos, no cais de ceuta, para embarcar para algeciras.
a nossa fronteira, do caia.
embarca-mos, a pensar, na alfandega, de algeciras.
quando desembarca-mos, esperava-nos, uma duzia de militares espanhois, de armas j3, em punho, viemos a saber, que houve denuncia, de marroquos sobre "coisas" ilegais, que iriam naquele, navio, para espanha.
cada um de nós, ignorou, as j3, seguimos ate á alfandega, que estava apinhada de gente, porque so passava um, a um, e, tudo revistado dos pes, á cabeça.
quando chegou á minha vez, tiraram-me, os dois sacos, e mandaram-me, mais dois ou tres portugueses, para o corredor, para sermos vistos, em promenor.
la fui, por aquele corredor alfandegario, por ali, ja estavam, mais algumas pessoas a ser interrogadas, a mim coube-me apenas, levantar, as longas saias, rodadas, por uns segundos, só isso, e seguir caminho.
mais a frente, despejaram-me os sacos, e confiscaram-me, o b.i., valeu-me, alguns amigos, e um familiar muito proximo, mostrei o cartão de onde trabalhava, e, la viemos, de volta, ate ao caia, onde os guardas alfandegarios, nos esperavam.
quando chegamos ao caia, paramos, duas ou tres pessoas, sairam, e logo a seguir, entram os guardas alfandegarios, com os cães labradores, lembro-me de nos terem perguntado, se vinha-mos de alguma funeral, porque vinha-mos, todos, com casacos de cabedal , de cor preta, vestidos.
entretanto, enquanto obtinham resposta, os cães, avançavam pelo corredor, do autocarro, cheirando aqui ,e acolá.
chegou ao pe de mim, não saia dali, a cheirar o saco, o guarda veio logo, e levou-me o saco.
fiquei tranquila, porque ja sabia, porque, é que o cão, reagiu assim.
e de facto, foi assim, o meu saco mala, era de pele de camelo, e estava pintado de preto, alias uma rapariga, que ia no mesmo autocarro, teve o mesmo problema com uns chinelos.
a minha mala saco, foi-me devolvida, depois de revistada, com um sorriso, do sr guarda alfandegario.
depois, saimos todos, do autocarro, e fomos, mostrar o que trouxemos, de ceuta.
despejamos os sacos, pagamos as multas, por trazer muita coisa de ceuta, e voltamos de novo, para o autocarro, com as nossas coisas.
connosco, foram alguns guardas e paramos dentro de um barracão, ja esperavamos por isso, passo a seguir, seria tudo confiscado, ate, porque, nos, durante dois dias, fomos, contranbandistas.
mas, não, mandaram-nos seguir, e sair, do barracão.
dali, rumamos até casa, e, com pouca vontade, de voltar a ceuta.

20-02-08 ana paula alberto caldeira

" A ESCULTURA"

Dos portões enrendelhados do casarão da fazenda da nossa senhora da conceição, avistava-se o lago ao cimo, com a eterna estatua de pedra branca, virada para a entrada principal, do casarão da fazenda.
ao entrarmos, seguiamos a passarela toda, empedrada, ladeada de flores, que ia até á escadaria da porta principal, da casa grande do fazendeiro, toda branca debruada a azul, nas suas janelas de guilhotina,e nas suas portas, de acesso.
no meio do jardim existia um lago com estatua de pedra, imponente, mesmo no meio, de olhar fixo no cafezal, e nas plantações de cacau.
a estatua fora feita á semelhança de uma divindade grega e veio com o meu bisavo, que mandou erguer o casarão.
á volta do lago arvores, e mais arvores, de copas amplas.
passaros, sempre, esvoaçando e chilreadando.
tambem existia, canteiros com varias flores e relva verde e fresca, ate as margens deste.
sharim:
-marcela?
- chegas-te a conhecer, a fazenda da argentina??
marcela:
-não!!! só, as do brasil!!!
sharim:
-a fazenda da argentina, era lindissima, talvez a mais bonita, que os meus pais, tiveram.
marcela:
-sim, sem duvida, dá para perceber, pelos relatos,
esquece a fazenda, da argentina.
porque tem novo dono.
marcela avança, em seguida na direcção, de sharim, tira-lhe as fotos, e o papel das mãos, pondo tudo no pequeno balde, de papeis.
sharim , vai atras dela, tirando-lhe tudo das mãos.
marcela, vence, atira os papeis e as fotos pela janela.
sharim vai á varanda, os papeis e as fotos voavam, para bem longe.
sharim, fica ali, até tudo desaparecer.
marcela sai.
fica noite e marcela, volta, sharim ja dormia.
marcela:
-sharim???
sharim:
-desaparece!!!!
marcela:
-sharim, amanhã parto para a argentina em negocios e vou ver a fazenda, de que tu tanto falas.
sharim:
-vai á ervas!!! desaparece!!!
marcela, olha sharim, que dormia.
marcela começa a arrumar as coisas, sharim, abre os olhos.
sharim:
-vais mesmo para a argentina??? e não me levas???
marcela:
-achas??? que vou a carregar contigo???
tu, so estorvas!!!
sharim, levantou-se, serio, muito serio.
e pegou no revolver que estava mesmo ali, marcela foge, e fecha a porta do quarto, á chave, sharim, dá um pontape na porta, partindo-se, esta em seguida.
sharim:
-marcela??? tu não vais a lado nenhum, sem mim, ouviste???
marcela, ja estava na rua, e a caminho do aeroporto , para a argentina.
a paisagem, naquela tarde, era feia, os ventos sopravam do lado norte, o mar estava revolto, e cinzento a brisa era fria e ja chovia, quando chegou ao aeroporto, rumava para buenos aires, e depois a fazenda da nossa senhora da conceição.
horas depois chega a buenos aires, saiu do avião e respirou fundo, a cidade de buenos aires, estava quente.
apanhou um taxi, e, rumou, para o interior.
toca o telefone:
-estou quem fala???
sharim:
-marcela, onde andas???
marcela:
-sharim, estou na argentina e vou a caminho da fazenda.
sharim:
-marcela!! estas aonde??? na venezuela?? ouve-se mal!!!!
marcela:
-sim querido, no iraque!!! cairam agora, umas bombas, tenho que ir para outro lado, depois ligo.
sharim:
-não sejas mentirosa, eu ouvi dizeres que estavas nas argentina!!!
que foste ai fazer??? ah!! ja sei, a fazenda.!!!
enquanto marcela falava com sharim, chegava, uma mulher com malas, marcela desliga o telefonene a sharim, e fica olhando a mulher das malas.
ali perto, alguns homens.
marcela pergunta, a um deles, quem era, aquela pessoa:
marcela:
-olhe desculpe, esta senhora, é quem??
o homem que era jagunço, da fazenda, responde:
-mulher, esta senhora, é dona da fazenda, é mimi flores, mulher do fazendeiro.
mimi flores, chegava, cheias de manias e tiques, malas e mais malas, a nova senhora vestia chanel, e calçava armani.
no dia a seguir, ja passeava pelos corredores do soalho de madeira, do casarão, empoleirada em saltos finissimos coloridos, gingando as ancas roliças, com uma pequena saia vestida.
usava cabelos acobreados meio longo, e brincos enrendelhados, que lhes tocava os ombros.
chocalhava as pulseiras, em ambos os pulsos, pelos
corredores do casarão, como se fossem escoalhos.
o perfume super activo deixava um rasto pela casa toda, de tão intenso, que era.
gritava pela casa fora, chamando os empregados, que pouco a pouco, foram abalando para outras fazendas, vizinhas.
mimi flores, era a nova dona, daquela imensa fazenda, aquele lugar, deixou de ser sossegado, os empregados corriam pelos corredores, fazendo as tarefas diárias, sempre que ela gritava.
naquela tarde, o quadro de goya da sala grande, caiu e partiu-se.
jeromeia a empregada mais recente, diz a mimi.
-senhora mimi, o quadro do goya partiu-se!
mimi:
-oh!! alice, poe o quadro, no lixo!!
joromeia:
-senhora eu sou, joromeia, não sou, alice.
mimi:
-alice joromeia, leva o quadro, para o lixo.
joromeia, levou-o para casa, sem que mimi flores soube-se.
pablo camilho, chegava.
jeromeia:
-senhora!!! chegou o patrão???
mimi:
-patrão??? qual patrão!!!, quem manda aqui, sou eu!!!! ou não??? ham????
jeromeia:
-senhora o senhor pablo!!!
mimi muito assustada, chama por jeromeia:
-alllllliccccccccceeeeeeeeeeeeeeeeee! alicccccccccccceeeeeeeeeeeeeeeee.
alicccccccccccccccccceeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
chega pablo camilho, perto dela.
-mas que gritaria, vem a ser esta??? mimi!!!! hammmmmm!
mimi, muito atrapalhada:
-eeeessssssstava a chamar, a empregada!!!
pablo:
-suponho ser joromeia?? não sera????
mimi:
-ssssiiiimmmm!!!
pablo:
-oh!!!! mimi, em vez de estares ai, com essa gritaria, porque não vais ver a estatua do lago, que se partiu ao meio, e ficou metade, dentro do lago.
ah!!! e ja agora, diseram-me, que anda por ai, uma rapariga a rondar a fazenda, por acaso ja reparas-te nisso??? hammmmmmmmmmmmmmm!!!
mimi flores deu um salto da cadeira, corando em, seguida.
mimi, foi dar uma espreitadela, á porta do casarão.
pablo:
-mimi, olha o jagunço bicho mau, que, anda por ai!!!
mimi, dá um grito, que atordoa, tudo, joromeia, vem correndo, a dizer que viu passar uma sombra, por ali.
pablo camilho, mais dois homens, vão ver o que se passa.
pablo:
-mimi, vou eu ver, o que se passa!!
mimi:
-e, o jagunço bicho, mau??
pablo e os homens, sorriram para mimi.
mimi, insiste:
-pablo, e o bicho mau???
pablo, sai mais os homens, não respondendo a mimi.
marcela, estava ali por perto, e entra em cena.
pablo, choca com marcela.
pablo:
-hei!!! quem é voce?? o que faz aqui, a estas horas??? ham???
marcela:
-estou perdida, cheia de fome, ando á procura de emprego, senhor??? ajude-me??? por favor???
pablo, e os homens, olham marcela.
pablo:
-e voce é donde????
marcela, olhava atentamente pablo:
marcela:
-senhor, sou colombiana!!
os tres homens, ao mesmo tempo:
-cooooolummmmbiannannnnnnnna!!!
marcela, encolheu-se, e disse:
-aahhhhhhhhhhh!! a minha cabeça, enganei-me, cubana!!!
os tres em coro:
-aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh!
marcela, segue com eles, para o casarão.
pablo:
-sente-se, e voces, ja podem ir!!!
os homens abalaram, desconfiados.
pablo:
-então o que fazia aqui, a rondar a fazenda.
ah!! ja sei, precisa de trabalho!!
pois, nos precisamos, de pessoas para trabalhar no cafezal, e por aqui, tambem.
tem referencias??
marcela:
-naaaooooo!!! tenhoooo!!
de londres.
pablo:
-de londres??? genial, genial!!
e de onde??
marcela:
-do palacio real.
pablo:
-hhhaaammmmmmmmmmm! eeeeeeeeeeee!!!! fazia o quê?? la no palacio??
marcela:
-as camas, era so essa, a minha tarefa, e limpar o pó.
pablo:
-interessante!
pablo, toca a campainha.
chegam, os mesmos homens.
pablo:
-vai chamar, o cata mocho, precisamos de sair todos.
os homens sairam, deixando marcela, sozinha na sala.
marcela foi andando, pelos corredores do casarão, viu uma porta aberta e entrou, deitou-se na cama, e adormeceu, quando pablo chegou, ela estava no quarto dele, a dormir.
pablo fica perto da porta, olhando marcela, que dormia profundamente, na sua cama.
olhou-a, mais de perto, marcela tinha os cabelos soltos, que lhe tapavam parte do rosto, pablo, aproximou-se, e por fim recuou, e saiu do quarto, pe ante pe.
no outro dia marcela acorda, e pablo estava á beira dela:
-ola, marcela, o que faz, na minha cama?
marcela:
-na sua cama, eu?
pablo:
-sim, a casa é minha, o quarto e a cama, tambem!!
marcela ia a responder, quando toca o telefone, de pablo.
pablo sai, e marcela fica por ali, levanta-se, sai do quarto e vai pelo corredor do casarão, olhando para um lado, e outro, olhando, o soalho de madeira, cor de mel que tinha sido, encerado, no dia anterior.
ao fundo do corredor, o salão grande, cheio de sol, as janelas estavam, meias abertas e avistava-se o jardim e as arvores.
marcela:
-que lindo casarão, as mobilias devem ser, do tempo dos bisavos, do sharim, cavalos???
ali, vou ver,
ah!!!
é pablo, que saiu.
agora vou por ali.
ah!!!
lindo, os cafezais a perderem-se de vista, ou não, se calhar, é as plantações de cacau!!!
pois, deve ser.
esta uma porta, aberta, o que será?
tem uma cama de casal, uma saleta, que giro, parece a casa do sharim, que linda vista para as plantações, hum!!!
uma estante com livros ali, uns papeis, uma chavena de café!!!
umas botas de canos altos esporadas, junto ao armario, será de quem?
ah!!
ja sei!!
é de pablo , o fazendeiro.
hhhhhhhhhiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!
esqueci-me de sharim, meu deus, desliguei o telefone, pois foi.
marcela liga finalmente o telemovel, as mensagens de sharim, e por fim, o toque de chamar.
-sharim??
sharim:
-marcela, o que se passou, estavamos a falar, caiu a chamada e nunca mais, me ligas-te!!! onde andas, o que aconteceu.?
marcela:
-sharim, nem fazes ideia, estou dentro da vossa antiga fazenda, é deslumbrante.
sharim:
-ahhhhhh!!! sim, sim, muito!!! foram os meus bisavos que a mandaram construir, a fazenda da n s da conceição, mas ainda existe outra aqui, na argentina, ainda mais bonita do que essa, que nunca te falei dela, que é precisamente onde estou.
marcela, ficou confusa.
-sharim?? estas cá???? onde???
sharim:
-aahahh!! eu ja, ai passo, pablo camilho, esta? marcela!!!
marcela:
-não sei, mas a patroa esta, mimi flores.
sharim:
-mimi flores, eles tinham uma empregada com esse nome, os camilho, são gente, com muitos empregados.
os camilho, sempre estiveram, ligados á politica, gente riquissima, e com fortes influencias, aqui na argentina, eu ja passo ai marcela, para te trazer, para aqui.
sharim, encontra finalmente marcela, abraçando-a, e beijando-a em seguida, e de braço dado, avançam pela passarela empedrada, em direcção ao casarão.
sharim:
-marcela!! a estatua de marmore branca, pelos vistos caiu, o que lhe fizeram? sabes???
marcela:
-esta dentro do lago!!!
sharim:
-desleixo, aquela marmore, tinham cor de perola, e é uma pena, estar debaixo de agua!!!
cavalos, aqui dentro???
marcela:
- se calhar fugiram de algum lado.
sharim:
-marcela, vai buscar as coisas e vamos embora.
marcela foi dentro do casarão, e veio com a mala.
sharim estava ja fora, dos portões do casarão.
marcela:
-sharim vamos???
sharim:
-sim, tenho ali, o carro.
marcela abalava com sharim, sempre a olhar para tras, para a fazenda da nossa senhora da conceição.
sharim:
-o que estas a olhar para tras, vem, alguem ai??
marcela:
-não sharim!!!, estava a olhar a fazenda, so isso.
sharim?
porque é que a fazenda, tinha esse nome, acho que nunca, me disses-te???
sharim:
-querida marcela, não disse porque a minha amiga, é ateia, e iria, rir na minha cara, como ja riu, outras vez, ou não se lembra, das discussões, por causa de situações, parecidas a estas.
marcela, calou-se e virou-se, para a frente, olhando a estrada.
sharim:
-querida marcela, a menina sabe, que gosto muito de si, e só por isso, vou-lhe dizer.
marcela continuava a olhar em frente, fingia não ouvir sharim.
sharim:
-marcela, o meu bisavo, mandou erguer o casarão, e pos-lhe o nome de conceição, o nome da minha bisavó, a estatua de marmore branca, foi tb homenagem a uma mulher, muito bela, que era tambem a minha bisavó.
marcela, olhou sharim, e beijou-o no rosto, sharim sorriu e seguiram em direcção á fazenda, de sta isabel do pary.

ana paula alberto caldeira 30/05/1997

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